PREGÃO BM&FBOVESPA

domingo, 24 de julho de 2011

ANÁLISE FUNDAMENTALISTA







Método de análise econômica para empresas e projetos (estudos de viabilidade)

É um dos modelos mais aceitos e difundidos. Como o próprio nome sugere, baseia-se nos fundamentos que a empresa ou o projeto apresentam. Sob essa ótica, para que a empresa ou o projeto sejam viáveis e tenham chance de sucesso, é imperativo a existência de um planejamento adequado e realista, que contemple toda a diversidade ambiental, temporal e estratégica envolvida nesse processo. Dessa forma, a análise fundamentalista pode servir para avaliar projetos de empresas "start-ups" ou mesmo aquelas já em fase operacional.





Em geral, esse trabalho é realizado com 2 focos principais:


  • Aspectos materiais como: informações históricas contábeis e financeiras, disponibilidade tecnológica, capacidade financeira, fontes de recursos, capital humano, histórico de desempenho empresarial dos sócios, entre outros;
  • Aspectos subjetivos como: o momento/oportunidade de mercado, projeções de desempenho, cenários macroeconômicos, risco envolvidos, alternativas de investimento, valores éticos, sócio-ambientais, entre outros.


A partir da análise conjunta desses elementos, são definidas as premissas para a elaboração da projeção de resultados para os próximos anos. Essa medida de desempenho permite construir os fluxos de caixa futuros (a quantidade de anos projetados depende da natureza da atividade - em geral são projetados 6 anos/exercícios).



FLUXO DE CAIXA OPERACIONAL (Free Operating Cash Flow)


 Uma vez constituídos os fluxos de caixa da empresa/projeto, pode-se avaliar seu valor atual através da metodologia do Fluxo de Caixa Descontado, que consiste em trazer a valor presente (VPL), os fluxos futuros a uma taxa de desconto tecnicamente definida. Por exemplo o modelo CAPM, que é baseado no Beta da empresa (b):


CAPM = RF + b*( RM - RF )


CAPM (capital asset pricing model) - modelo de precificação do custo do capital para investimento. Onde:


  • (RM - RF) = Taxa de risco
  • RF (risk free) = Taxa livre de risco (no Brasil é o CDI)
  • RM (risk market) = Risco de mercado (varia de acordo com a natureza da atividade)


Simplificadamente, o Beta (b) é um indicador de risco da empresa, em relação ao seu setor de atuação e de suas empresas concorrentes. Assim, pode-se resumir essa metodologia através das seguintes equações:




VALOR ECONÔMICO DA EMPRESA = S (Fluxos Projetados) + (Perpetuidade)


Ou


Vo = VP (Período de Crescimento) + VP (Período de Estabilidade)


Ou


Vo = VP (Valor Explícito) + VP (Valor Residual)





O que é perpetuidade?


A perpetuidade é o valor presente dos fluxos de caixa futuros (período estável) - do último exercício projetado para o período explícito até o "infinito" - ou seja, o método contempla a expectativa de continuidade da empresa. Dessa forma, é considerada a capacidade da companhia obter sucesso em sua atividade por tempo indeterminado. Ou seja, a empresa não encerrará suas atividades após o último período projetado.




Principais Objetivos da Análise Fundamentalista


Precificação de Ações (e seus derivativos)


  • Para investimento em ações de uma companhia aberta, esse método é utilizado na determinação do " Preço Justo ". Para isso, basta dividir o valor econômico calculado, pelo número total de ações da empresa. A relação entre o "preço justo" e seu valor de mercado (cotação em Bolsa), indicará o potencial do ativo-objeto, determinando a decisão de COMPRA ou VENDA desses papéis.


Fusões e Aquisições


  • Para determinar os valores-base em negociações de compra, venda, fusão, participações acionárias e parcerias entre empresas industriais, comerciais e de serviços (operações de M&A).


Projetos e "startup"


  • Para determinar a viabilidade econômica de projetos - Por Ex. a ampliação das instalações de uma indústria, a entrada em um novo segmento, lançamento de novos produtos ou a criação de novas empresas. (elaboração de business plan).

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